Este foi o dia do meu regresso aos passeios de bicicleta pela Serra da Arrábida, oito semanas após a paragem forçada devido a uma incomoda dor na região cocciana, que apesar apesar de ainda não ter desaparecido (e estou a ver que tão depressa não vai embora) já me permite dar umas voltitas (incomodou-me mais estar sentado no domingo à noite no sofá da minha mãe do que em cima do selim da bicicleta).
Infelizmente houve muita gente que não pode ou não quis participar neste passeio, mas quem esteve presente teve a oportunidade de participar num percurso novo, com muitos single-tracks, muitas subidas e descidas de forma a tentar ser do agrado de todos.
Eu adorei a volta mas como fui eu que escolhi o percurso não poderia ser outra a minha opinião.
Mas é sempre muito difícil agradar a "Gregos" e "Troianos" no entanto penso que a maioria do pessoal gostou do passeio, apesar haver sempre quem não tenha apreciado aquela subida e/ou aquela descida.
Surpreendentemente a nível físico senti-me muito bem, as pernas nunca se ressentiram da falta de treino especifico, fiz as subidas todas (menos o C.d.C., mas por outros motivos) sem gastar todas as "armas" (carretos) e a única diferença que encontrei foi ao nível das pulsações porque se antes tinha sempre uma média de +/- 135 p/minuto ontem tive 144.
O percurso:
Como é habitual, iniciamos a volta com a subida à Serra de São Luís, com a passagem obrigatória pelas ruínas de Castro Chibanes e pelos moinhos da Quinta da Sapec, a seguir descemos até ao vale, passámos por entre o pomar e seguimos até ao "Cai-de-Costas".
Como mencionei anteriormente desta vez não consegui subir o caminho todo montado porque quando o tentei subir pela primeira vez e quando já tinha feito mais de metade do percurso apareceram-me pela frente duas ou três moto4 o que me obrigou obrigatoriamente a parar e a sair do caminho. Resolvi descer e tentar uma segunda vez, mas tive azar e voltou a aparecer malta a descer (desta vez de bike), ainda tentei sair do trilho e seguir pela vala, mas não tive sucesso e tive de apear. Resolvi não insistir porque tive receio de me castigar demasiado ali e depois não ter pedalada no final da volta, porque afinal de contas 8 semanas sem treinos é muito tempo!
Seguimos até à Capela do Alto das Necessidades, atravessámos a N10 e seguimos em direcção às traseiras da estação dos autocarros. Subimos até ao Pinhal e reparámos que a rede que há uns meses atrás tinha sido colocada a vedar o Moinho do Cuco, numa zona já se encontra deitada abaixo de forma a permitir a passagem sem ter de saltar a vedação (coisa que nós nunca fizemos). Resta saber se vai permanecer assim por muito tempo! (espero bem que sim, por aquele sitio merece estar aberto a quem queira passear com a família, com os amigos, ou mesmo sozinho ou com o cão e desfrutar da extraordinária paisagem daquela zona).
A seguir descemos o sempre perigoso "Fim do Mundo" e seguimos em direcção ao vale da Rasca para subirmos até ao single do tronco.
Neste trilho aconteceu um episódio engraçado, porque vinha um grupo relativamente grande (certamente mais de 10 pessoas) a descer lentamente todo o trilho, mas como ali só cabe uma bicicleta de cada vez nós encostámos todos e deixámos a "comitiva" passar à vontade, o engraçado da história é que ao que parece o tipo que ia à frente a comandar o "pelotão" é chefe dos outros todos na empresa onde trabalham e todos têm medo de o ultrapassar! lolololol
A partir daqui começam os meus trilhos favoritos da Arrábida, aquele single-track sempre a descer deixa-me sempre com vontade de lá voltar mais e mais vezes (e já não íamos lá desde a "Reumatona"!!) e depois para acabar em beleza, entramos nos trilhos sempre belos da várzea da Comenda, onde podemos atravessar a fresca Ribeira, para depois passarmos pela Quinta do Esteval e continuarmos até ao parque de merendas. São momentos como estes que quem gosta de desfrutar do que a Natureza nos oferece não pode perder. E não é preciso ir de bicicleta! Já tenho feito varias caminhadas por esta zona e nunca me canso de lá voltar! Felizmente já se vê muitas pessoas a optar por este tipo de passeios! O que infelizmente também se vê cada vez mais são motas de duas e quatro rodas em pleno parque natural em manobras perigosas e em alta velocidade. Ontem ia tendo um encontro imediato com um motociclista no entroncamento imediatamente após a entrada das ruínas da Quinta do Esteval, felizmente eu ia atento e ouvi o som do motor da mota e consegui travar a tempo, o motociclista também me viu, travou, contornou-me mas depois estupidamente voltou a acelerar fazendo razias ao resto do pessoal que vinha atrás, deixando uma nuvem de pó completamente desnecessária... Um rapaz que vinha em sentido contrário ao nosso também se assustou mas não ficou surpreendido porque infelizmente tal como nós também não era a primeira vez que presenciava tal situação.
A seguir paramos no parque de merendas para a habitual "bucha" e depois de repostas as energias atacámos o alcatrão até à N10.
Subimos o estradão da Capela de São Luís da Serra, cortámos à esquerda e seguimos pelo trilho que nos leva até à Quinto do Rego de Agua. Continuámos a subir, passámos o tanque e seguimos até ao corta-fogo onde descemos até ao vale de Alcube.
Depois de uns metros bem rolantes, lá iniciámos a dura subida até aos Barris, o pessoal por esta altura já estava "mais para lá do que para cá" mas mesmo assim ainda houve forças para subir o estradão até ao inicio do "Cai-de-Costas". Quando terminei a subida, olhei para trás, como não vi ninguém continuei mais um pouco para ver se conseguia tirar mais umas fotos ao pessoal quando eles já tivessem a descer. Mas o tempo ia passando e eles não apareciam, até que passou por mim um casal com uma serie de miúdos e um cão (um deles enquanto olhava para o "Cai-de-Costas" dizia: - "que fixe! vamos subir aquilo tudo!!"). Cumprimentei-os e avisei-os para terem cuidado porque o resto da malta devia estar a aparecer a seguir à curva. Acabaram por se encontrar no largo perto do "Fio-dental" onde eles estavam a recuperar energias e a pensar que eu tinha ido subir o "C.d.C" (eu aí à uns meses fiz isso mas estava em forma e o passeio desse dia tinha sido bastante acessível! E pessoal... só uma dica: eu não sou assim tãaaaao maluco, ok?). Foi aí que o Lino lhes perguntou se me tinham visto e como a resposta foi afirmativa eles lá deixaram o repouso e seguiram o caminho planeado. Entretanto como não aparecia ninguém deixei a rockrider e fui de câmara em punho a ver se descobria o porquê de tanta demora, lá os encontrei já a pedalar, tirei mais umas trugas e foi aí que o Lino me contou a história do que se tinha passado e que a tal senhora lhe tinha dito que um tipo de óculos, com uma maquina fotográfica e que não pedalava à oito semanas, estava à muito tempo à espera deles e que pelos vistos os estava a deixar todos arrebentados, foi a risada geral que continuou ainda por mais uns instantes quando o Lino se apercebeu que eles iam tão devagar que mesmo a pedalar não me ultrapassavam enquanto eu seguia a pé! ehehehhe
A seguir e já com a brigada toda a pedalar, fomos para o tal trilho novo que eu tinha prometido e que nos ia levar até às bombas de gasolina de Cabanas.
Afinal o Lino, o Jorge e o Artur já o tinham feito mas em sentido contrário no passeio da "Rombikes" e só o António é que o desconhecia totalmente.
Pessoalmente acho este trilho muito bonito e bastante rápido e sem perigos de maior (o maior problema são mesmo algumas silvas!). Recordo-me que quando fui à "Caça" deste caminho, pensei que era bom demais para ser verdade e que mais cedo ou mais tarde iria encontrar qualquer coisa que o iria estragar. Felizmente a única coisa má que encontrei foi uma bosta de cão que inadvertidamente pisei! ehehhehe
Chegámos ao alcatrão de Cabanas e em conversa com o Lino ele comentava que faltava ali o Vaquinhas para dar um esticanço final. Assim que ele acaba a frase passa por nós um tipo baixado sobre o volante em grande velocidade. Ele olha para mim e diz: - "É pá! Temos que ir atrás daquele gajo!" Ele arrancou ferozmente e passado uns segundos já tinha ultrapassado o tal tipo, eu arranquei um pouco mais tarde, também ultrapassei o tal moço e depois quando ultrapassei o Lino ele estava tão empenhado que pensou que estava a ser ultrapassado pelo outro tipo, lololol. Quando ele se apercebeu que afinal era eu ficou imediatamente mais aliviado porque afinal tinha conseguido o seu objectivo.
Seguimos para a Quinta do Anjo e antes de terminar mais esta volta ainda tive tempo de arranjar uma outra "lebre" que só consegui ultrapassar já muito perto dos sinais luminosos (este deu muito mais luta).
Espero bem que estas "lebres" não nos levem a mal porque não se trata de provar se pedalamos mais ou menos que as outras pessoas (até porque há muitas variaveis desconhecidas). Trata-se apenas de um insentivo para dar o tal esticão final no intuito de podermos melhorar o nosso desepenho. E quando não há "Lebres" temos o Vaquinhas, o nosso "Armstrong da Carregueira" ou Jorge o nosso bttista mais "internacional" para tentar apanhar!
Rijos de Serviço: António, Artur, Carlos, Jorge e Lino
Dados de grupo:
Distancia percorrida: 57,68 km em 3:33:43
Temperatura Mínima: 18 ºC
Temperatura Máxima: 23 ºC
Dados individuais:
Media de Pulsações: 144 p/min.
Pulsação Máxima: 197 p/min.
Velocidade Média: 16,10 km/hora
Velocidade Máxima: 52,70 km/hora
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Informação sobre o arquivo | |
Nome do arquivo | Bdr-VoltaDe07062009-SerraDaArrábida(penteado-comenda-penteado).gpx |
Formato | GPX |
Pontos de track analisados | 887 |
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Informações gerais | |
Distancia total | 56,474 Km. |
Desnível de subida acumulado | 1647 m. |
Desnível de descida acumulado | 1647 m. |
Altura máxima | 238 m. |
Altura mínima | 12 m. |
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Subidas | Km | % do total | observações |
Entre 1 e 5% | 8,945 | 15,84 | |
Entre 5 e 10% | 4,646 | 8,23 | |
Entre 10 e 15% | 3,185 | 5,64 | |
Entre 15 e 30% | 3,208 | 5,68 | |
Erros de track | 1,31 | 2,31 | descartado em IBP e em perfil |
Total* | 19,984 | 35,39 | Depois de corrigir erros |
Rácio de subida | | 8,24 | |
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Descidas | Km | % do total | observações |
Entre 1 e 5% | 18,903 | 33,47 | |
Erros de track | 1,15 | 2,03 | descartado em IBP e em perfil |
Total* | 18,903 | 33,47 | Depois de corrigir erros |
Rácio de descida | | 8,71 | |
* O total não terá de coincidir necessariamente com a soma dos parciais após a correcção de erros |
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Plano | Km | % do total | observações |
Desníveis de 1% | 17,587 | 31,14 | |
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Tempos | h:mm:ss | observações Não usado para o cálculo de IBP |
Tempo total | 5:39:34 | |
Tempo em plano | 1:45:54 | |
Tempo Subindo | 2:00:02 | |
Tempo descendo | 1:53:19 | |
Tempo parado | 0:00:00 | Velocidade inferior a 1Km/ ou distancia entre pontos inferior a 0m |
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Velocidades | Km/h | observações Não usado para o cálculo de IBP |
Velocidade média | 9,98 | Descontado o tempo parado |
Velocidade média total | 9,98 | |
Velocidade máxima | 11,03 | Mantida em vários pontos do track |
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Fiabilidade do índice IBP 63 % = C |
Registos coincidentes com tracks de BTT ou estrada : BTT 63 % / Estrada 37 % = B |
IBP | 150 CB* |
*(Primeira letra) Fiabilidade do IBP: A = muito boa, B = boa, C = aceitável, D = regular, E = má, M = track desenhado |
*(Segunda letra) Condições do trajecto: A = Bicicleta de montanha +, B = Bicicleta de montanha -, C = misto, D = estrada -, E = estrada +, |
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