domingo, 29 de novembro de 2009

Conceitos básicos sobre suspensões



Alguns ajustes são apresentados a seguir. O nome em inglês é incluído em parêntesis uma vez que vários garfos/amortecedores são importados e incluem manual em inglês:

Pré-carga (preload): Ajusta a “dureza” do garfo e o “sag” (ver próxima seção). É o ajuste mais comum. Em suspensões a ar você ajusta a pré-carga com uma bomba especial com um manómetro acoplado. Em suspensões a mola você ajusta girando algum botão. Quanto mais pré-carga, mais duro o garfo e menos ele responde a impactos pequenos.

Retorno (rebound): É o ajuste mais importante. Este ajuste controla a velocidade com que a suspensão retorna à posição normal estendida. Normalmente girando o ajuste de retorno para “+” você reduz a velocidade deste, girando para “-“ você aumenta a velocidade. Um garfo com pouco retorno (ou retorno muito rápido) tende a retornar violentamente em velocidades mais altas tornando a bicicleta difícil de controlar.

Compressão de baixa velocidade (low-speed compression damping) controla a capacidade da suspensão de absorver pequenos impactos e o quanto o garfo afunda quando você freia (“brake dive”). Aumentando a compressão de baixa velocidade você minimiza o brake dive e também o “bob” do garfo quando pedalando morro acima, mas sacrifica a performance sobre impactos pequenos.

Compressão de alta velocidade (high-speed compression damping) controla a quantidade de curso que a suspensão usa para absorver impactos maiores. Aumentando a compressão de alta velocidade você evita que o garfo atinja fim de curso frequentemente em impactos maiores, mas vai torna-lo mais “duro” em impactos médios. Reduzir a compressão de alta velocidade faz com que o garfo use mais o curso e fique mais macio ao longo de todo o curso. Porém, neste caso o garfo poderá usar mais curso do que o necessário para absorver um mesmo impacto e também atingir fim de curso com mais frequência em impactos maiores.


A forma correta de ajustar a suspensão

Suspensão (dianteira e traseira) é ajustada pelo SAG (Sag é o quanto a suspensão afunda quando você sobe na bicicleta e fica parado). Você ajusta o Sag com a precarga. Quanto maior a pré-carga, menor o sag.

Normalmente usa-se em FR e DH (para garfos c/ mais de 100mm) por volta de 30% de sag, dependendo do gosto do piloto e das condições da pista. Isto significa, por exemplo, em um garfo de 150mm, você afunda 45mm ao sentar na bike.

Uma forma prática de medir o sag é colocar um zip-tie na canela do garfo e deslizá-lo até este encostar-se ao anel de vedação. Depois suba na bicicleta e fique parado na posição normal de pedalar (um colega segurando a bike pode ajudar). Desça da bike e meça a distância do zip-tie ao anel de vedação. Essa distância é o sag.

Em amortecedores traseiros você deve medir o sag do amortecedor e multiplicar pela taxa de actuação da lincagem para obter o sag do eixo traseiro, pois (ao contrário do garfo) o curso do “shaft” do amortecedor não corresponde ao curso do eixo traseiro.

Em garfos de cross country você pode tentar 10% de sag para XC competição (garfos de 80mm) e 10% a 15% de sag para garfos de 100mm. Para uso cross country em trilhas tipo “enduro” mais técnicas você pode ter melhores resultados rodando por volta de 20% de sag em garfos de 100mm. Estas medidas foram testadas pelo autor e resultam em um funcionamento do garfo de suspensão que justifique seu uso como tal. Atletas de elite em competição de XC frequentemente usam mínimo sag (suspensão mais dura) em circuitos pouco técnicos.

Os demais ajustes vão sendo determinados com testes e experiência. Se o seu garfo/amortecedor tiver ajuste de retorno você pode colocar o ajuste na posição do meio e começar e realizar alguns testes.

Se ao descer você sentir a bike tremendo/vibrando muito é porque o retorno está muito lento para a pista. Pistas com muitos obstáculos menores, mas bem próximos uns dos outros requerem um retorno mais rápido, caso contrario a suspensão não tem tempo suficiente para retornar à posição inicial antes do próximo impacto, o efeito dos impactos vai se acumulando e a suspensão vai ficando mais dura. Aumente a velocidade do retorno alguns clicks e tente de novo.

Se ao descer você sentir a bike "pulando" muito, ou também com facilidade p/ escapar a frente ao sair de curvas fechadas o retorno está muito rápido e a suspensão não esta amortecendo como deveria. Diminua a velocidade do retorno alguns clicks e tente de novo.

Com o tempo você vai conhecendo melhor o comportamento do garfo/suspensão e vai poder fazer os ajustes necessários com poucas (ou nenhuma) tentativa.

A viscosidade do óleo também pode ser alterada no tunning do garfo. Porém este procedimento só é recomendado para usuários mais experientes que entendam bem o funcionamento e o comportamento do garfo que estão usando. Via de regra é recomendável seguir a viscosidade indicada pelo fabricante (ex. 7,5 wt SAE nas Marzocchi e FOX; 5 wt SAE em algumas Manitou), porém usuários muito leves ou muito pesados podem não se satisfazer com esses valores. Um competidor de XC race pesando menos de 50kg pode achar um garfo com óleo 7,5 wt com retorno muito lento mesmo com ajustes de compressão e retorno no mínimo, e talvez se beneficiar com um óleo mais leve, 5 wt por exemplo.

Por outro lado um competidor de DH de 95 kg ou um praticante de Freeride extremo pode achar um garfo com óleo 7.5 wt com retorno muito rápido, e talvez se beneficiar com um óleo mais pesado, 10 wt por exemplo.

Um aspecto importante que o usuário deve ter em mente neste tipo de tunning é que o peso do óleo afeta ambos a compressão e o retorno. Por exemplo, o competidor de XC peso pena acima pode achar interessante o retorno mais rápido do óleo 5wt, porém o óleo mais leve vai também tornar a compressão de baixa velocidade mais rápida, resultando em mais bob do garfo, especialmente pedalando em pé, e, pior ainda, vai aumentar o brake dive (quantidade que o garfo afunda quando o freio dianteiro é pressionado). O ideal é que o garfo tenha ajustes de compressão de alta e baixa neste caso para que o usuário possa compensar o efeito indesejado.

Fonte: http://www.pedal.com.br/exibe_texto.asp?id=742

sábado, 28 de novembro de 2009

Caminhada - Espargos, Cogumelos e Medronhos! (os mirtilos ainda estavam verdes)



Hoje de manha fui aos espargos!






e de tarde fomos apanhar medronhos!


No caminho vimos uma enorme variedade de cogumelos, estes eram tão grandes que tiveram de ser retratados!


É uma pena haver cogumelos venenosos! Como nós não percebemos nada do assunto tiveram que ficar por lá!

Foi uma caminhada muito boa, cerca de 7 km com paisagens belíssimas e ainda deu tempo para descobrir mais trilhos novos!

 


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Rescaldo – Passeio BTT de 22/11/2009 - Cogumelos, Medronhos e a entrada do André para o quadro de honra!

No passado Sábado o São Pedro fez o favor de nos oferecer uma valente chuvada, e por isso este domingo fizemos um percurso que evitou os caminhos mais enlameados da Serra. Na minha opinião o único defeito do trajecto  foi termos sido "obrigados" a fazer duas vezes o alcatrão que liga o Vale dos Barris a Palmela, mas teve mesmo que ser porque ontem não dava mesmo para subir a Serra do Louro.

Por isso começamos a incursão pelo Parque Natural da Arrábida, descendo de Palmela até ao Vale dos Barris e seguimos até ao Alto das Necessidades, infelizmente tenho de referir que só neste caminho contei 9 Fitas penduradas da Maratona da Tasca do Xico, que se realizou no dia 15/11. E tendo em conta a imensidão de fitas que vi no caminho até ao Restaurante "A Charrua"  não me custa a acreditar que nada foi feito no que concerne à limpeza das marcações.
Pelo que li nos fóruns e pelo o que o Jorge e o Artur me contaram, a prova correu muito bem e esteve muito bem organizada, mas eles têm que se lembrar que a organização de um evento deste género não termina quando o ultimo bttista corta a meta, e que a limpeza da Serra é tão ou mais importante do que todos os outros aspectos organizativos! Por isso fiquei um pouco desiludido por ontem, passados 8 dias da realização da prova as marcações ainda estarem por lá... Só espero que eles corrijam este aspecto o mais depressa possível, e que não façam como os tipos da Maratona de Setúbal que não se importaram minimamente com a limpeza da Serra e quiseram empurrar esse trabalho para quem ingloriamente os chamou à atenção (sim porque muitas das fitas amarelas e pretas da maratona de 09/08/2009 ainda lá estão e podem ter a certeza que não vou ser eu tira-las). E depois admiram-se que qualquer dia sejamos todos proibidos de entrar nos parques naturais e que sejamos obrigados a fazer estrada...

Voltando a nossa volta, a seguir à Capela das Necessidades, atravessámos a N10 e seguimos pelas traseiras da garagem dos autocarros em direcção à Quinta da Califórnia, contornámos a rotunda e seguimos uns metros em alcatrão até ao primeiro entroncamento. Virámos à esquerda e apanhamos a estrada de terra batida que sobe até às traseiras da Quinta do Alto da Madalena. Continuámos sempre por ali e no entroncamento seguinte cortámos à direita em direcção ao primeiro trilho novo do dia. A investigação deste trilho estava nos meus pendentes desde o tempo da "Reumatona" mas por este ou por aquele motivo nunca mais se proporcionou passarmos por ali. Em boa hora me lembrei de o fazer porque este trilho é muito melhor do que o outro que nós antigamente fazíamos (eu pelo menos gostei mais!).


Chegamos a Azeitão e a seguir à fonte, voltámos a cortar à esquerda e subimos até à falésia, depois seguimos até à zona onde o Paulo à uns meses atrás partiu o escafoide, mas em vez de seguirmos o caminho habitual descemos por um outro caminho que apesar de também ter sido feito a pé nos pareceu ser muito menos perigoso.

Neste caminho encontrámos imensos cogumelos, cada um maior que o outro, é pena poderem ser venenosos! Como nós percebemos tanto de cogumelos selvagens como de física quântica a única coisa que pudemos fazer foi tirar umas fotos para recordação (e como a maquina não se estragou se calhar nem eram assim tão venenosos, lolololol)






Depois seguimos até ao parque de merendas do Alambre e quando lá chegámos descobri que me tinha esquecido do meu lanche! Mas o Artur como é um gajo porreiro deu-me metade da sandes mista e deu para reabastecer as energias. Nesta altura já estava o pessoal do Núcleo de BTT de Vila Fresca de Azeitão a preparar grelhados e castanhas assadas para o pessoal que estava a fazer o "Passeio dos Sabores" ir fazer o seu reabastecimento. O Jorge ainda queria ver se papava uma entremeada, mas eles só lá iriam passar por volta das 11h30 e não havia mesmo hipótese de sair dali com a barriga mais composta.

Seguimos pelo Vale do Alambre, e fomos descobrir mais um dos inúmeros caminhos que há por ali! Era uma subida muito parecida à que nós habitualmente fazemos e como a paisagem é tão idêntica até parecia que já lá tínhamos passado mais vezes. A diferença é que esta tem uns regos mas nada que não dê para fazer montado.

Depois seguimos em direcção ao parque de campismo dos picheleiros, e se não tínhamos podido comer nem os cogumelos nem as entremeadas do pessoal de Vila Fresca tivemos que nos vingar e comer os belíssimos medronhos que encontrávamos pelo caminho!


Depois passámos pelo entroncamento que segue para o trilho do Chico-das-Saias" e a seguir enfiamos-nos pelo trilho que surge logo a seguir e que sobe ligeiramente uns metros e depois desce-se vertiginosamente até ao caminho normal que vai ter ao parque. O problema é que o piso nessa descida estava um bocado enlameado, eu ainda patinei um bocado, mas consegui controlar a bicicleta (acho que o que me salvou de dar um trambolhão foram mesmo os pneus de enduro), quem não teve a mesma sorte foi o Jorge que para se livrar de um rego mais enlameado se desviou tanto para a direita que foi "rasteirado" por um dos arbustos que ali estava, e foi mesmo comprovar se o terreno ali era ou não fofinho, ehehehe. O que vale é o Artur estava ali bem perto e prontamente desmontou para mostrar um cartão amarelo ao arbusto que fez a falta! (foi por isso que tu desmontaste não foi? lolol)


Depois de passarmos pelo parque de campismo (há muito tempo que não passamos ali neste sentido) seguimos até aos picheleiros e depois até à N10.

Atravessámos a N10, seguimos pelo trilho das canas, que agora está muito bom, porque alguma alma caridosa andou por lá a cortar as canas mais próximas da rede e seguimos pelo alcatrão da Rua do Alto das Necessidades.

Antes da Quinta de Alcube cortámos à direita e seguimos sempre pelo Vale de Alcube até aos Barris. Esta parte do percurso foi feita a um ritmo alucinante, acho que não andávamos ali aquela velocidade desde a vez em que não queríamos ser ultrapassados por aquele cota!

Chegámos ao Vale dos Barris e como não temos o habito de deixar ninguém para trás tivemos de reduzir um pouco o ritmo porque o André nesta fase já estava a sentir algumas dificuldades. Como a subida até à Serra do Louro estava intransitável tivemos que optar por subir o esburacado alcatrão até Palmela e repetir esta parte do percurso. Nesta subida o Artur demonstrou estar em excelente forma física, (eu nunca o vi a andar tanto!) e houve mesmo uma altura em que pensei que já não o conseguiria apanhar! Mas como quem vai atrás tem sempre um maior estimulo lá fui atrás dele e ultrapassei-o já no ultimo terço da subida,  conseguindo assim "ganhar" outra vez o prémio da montanha, lolol (Mas não foi nada fácil!!)

Para terminar tenho que referir que o André por ter participado connosco em três passeios ganhou o direito a entrar no "Quadro de Honra" aqui do nosso blogue e tem já a sua fotografia personalizada.


Para a semana há mais!


BTTistas de Serviço: André, Artur, Carlos e Jorge

Dados de grupo:

Distancia percorrida: 60,65 km em 3:39:51 (menos 20 km para o André)

Temperatura Mínima: 11 ºC
Temperatura Máxima: 18 ºC

Dados individuais:

Media de Pulsações: 143 p/min.
Pulsação Máxima: 201 p/min.

Velocidade Média: 16,50 km/hora
Velocidade Máxima: 52,00 km/hora


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vai um momento de comédia? - Vídeo "World's worst eye witness"

Pequeno sketch da serie "A Bit of Fry and Laurie" em que um repórter (Stephen Fry) tenta entrevistar uma testemunha de um acidente(Hugh Laurie - o famoso Dr.House).

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vídeo - "Portal Trail - Moab, Utah"

Este vídeo mostra um trilho super técnico e extremamente perigoso! Ao que parece já morreram ali 3 pessoas...


Portal Trail - Moab, Utah from Phil Shep on Vimeo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Rescaldo – Passeio BTT de 08/11/2009 - Pedreiras da Serra de São Luís

Este domingo iniciámos a nossa volta pela Arrábida pela descida de Palmela para o Vale dos Barris, depois de rolarmos uns quilómetros pelo enfadonho e esburacado alcatrão dos Barris, chegámos à VBBikes (O Vítor estava cá fora na conversa) e cortámos à direita de forma a subirmos a sempre "agradável" subida da Escudeira. Esta é daquelas subidas que quando se está numa forma razoável até nem custa muito a fazer (agora se tiverem muito enferrujados a musica é outra!). O Rodrigo e o André ainda nunca a tinham subido, mas aguentaram-se bem e o André até chegou lá a cima em 3º lugar!

Depois seguimos uns metros por alcatrão e ao pé da casa em ruínas descemos pelo veloz trilho da "Cevada" [enquanto eu não souber o nome "oficial" do trilho fica baptizado assim].


A seguir veio a subida das felizmente extintas pedreiras da Serra de São Luís (só é pena as entidades competentes não se lembrarem de fazer uma reconversão paisagística de toda aquela zona). Como a malta até está a começar a subir de forma, conseguimos subir sempre montados até lá a cima! (Um dia destes quando for treinar sozinho tenho que ver se consigo subir mesmo até ao posto de vigia sem pôr o pé no chão).

Depois descemos a "Tartaruga" e depois da cancela fomos fazer a primeira investigação do dia. Eu previa que o trilho ia ser fechado e com muita vegetação, daqueles onde todos gostam de passar, só me faltava saber como era o piso. O inicio do caminho é bom, mas depois começaram a aparecer as valas e os regos abertos pela chuva que nos impossibilitaram de seguir montados mais de metade do trilho. Eu ainda dei um tombo em câmara lenta, daqueles que se cai quando se está parado e não se consegue por o pé em chão firme, mas não houve azares e isso é o que mais importa.


 

Depois da caminhada pelo novo caminho, fomos surpreendidos pela destruição da entrada de um trilho que já conhecíamos e que íamos fazer a seguir. O terreno tinha sido lavrado recentemente e por respeito ao proprietário decidimos não passar por ali. E como a alternativa era simples não valia a pena arriscar problemas.

Seguimos pela estrada de terra batida e chegámos à N10, passámos pelo Restaurante "Zé do Nabo" e cortámos à esquerda em direcção à estrada romana do viso. Passámos ao lado das antigas instalações da oficina da Volvo e depois em vez de seguirmos pelo caminho romano, fomos fazer a segunda investigação do dia que se revelou bem mais positiva do que a primeira. Esta alternativa revelou-se bastante interessante e curiosamente o piso do deste caminho também é numa calçada romana, mas como é consideravelmente mais curta torna-se mais fácil do que a outra.

Depois seguimos em direcção à Comenda, e passámos no sitio onde o António teve uma daquelas quedas parvas e onde ele se magoou no braço. E se da outra vez tínhamos voltado para trás ali naquele sitio porque queríamos ir ao Forte de São Filipe, ontem pudemos continuar por ali e descobrir mais um caminho que certamente vamos voltar a fazer.

Chegámos ao "largo do saldanha", e desta vez optámos por subir pelo caminho à nossa esquerda que nos proporcionou uma vista fantástica pela península de Tróia. Curiosamente quando lá chegámos o céu ficou muito nublado e a fotografia de grupo não ficou grande coisa! (mas tendo em conta que eu tive de colocar a maquina num alto e não conseguia ver o que a lente iria captar até nem ficou assim tão má)





Depois das fotografias, o caminho era sempre a descer e algumas partes com uma inclinação algo acentuada mas que dava para se fazer em segurança. O Rodrigo que ainda não tem muita confiança nos pneus da hardrock atrasou-se um pouco e perdeu-se do resto do pessoal. Como nós nunca abandonamos ninguém o Artur prontificou-se para voltar para trás e ir à procura dele. Foi também uma boa oportunidade para ele testar a "Epic" do Jorge numa subida porreira.



Quando o Artur chegou ao cimo da subida, vimos o Rodrigo a vir de outro lado! Foi engraçado porque apesar de ele estar perdido ia ouvindo as nossas vozes e conseguiu descobrir um outro caminho alternativo que o trouxe novamente para junto de nós.

Era a vez do Artur voltar a descer, e juntar-se ao grupo para seguirmos para a pausa para o lanche.



Optámos por não ir ao parque de merendas e lanchámos num dos meus lugares favoritos da Comenda, local esse que é usado diversas vezes pelos escuteiros para o acampar.
Enquanto lanchávamos encontrámos O Vítor Reis e mais algumas "Lebres do Sado", que como habitualmente treinam por aquelas zonas.




A seguir à pausa seguimos em direcção da Quinta do Esteval e fizemos pela primeira vez este caminho em sentido inverso. Não foi surpresa para ninguém a quantidade de colegas do pedal que rolavam por ali aquela hora, mas apesar de sermos obrigados a parar aqui e ali lá conseguimos ir avançado por entre o tráfego!


Subimos até à Capela de São Pedro de Alcube, passámos pela Quinta do Camalhão e foi curioso ver a beleza da Serra de São Luís ali daquele ângulo o que é engraçado é nós passamos ali tantas vezes em sentido contrário e nunca termos contemplado a Serra ali daquele prisma.

Saímos da Quinta, atravessámos a novamente a N10 e subimos uns metros pelo alcatrão da rua do alto das necessidades, depois seguimos pelo atalho da direita e seguimos pelo sempre aprazível trilho que vai dar ao vale de alcube e que no ano passado tinha sido lavrado (pode ser que o gajo este ano não se lembre).

Depois do Vale de Alcube subimos até aos Barris e daí subimos para a Serra do Louro. O Rodrigo nesta fase conseguiu fazer algo que ainda não tinha conseguido fazer desde que se juntou ao nosso grupo que foi fazer estas subidas todas montado e sem parar! É certo que quando chegou lá a cima bebeu uma garrafa inteira de Powerade, mas todas as gotas foram bem merecidas, pelo esforço e força de vontade que ele demonstrou! O André também subiu sempre montado e provou que não sabe só descer e que se continuar a treinar as subidas pode melhorar bastante! (e o facto de o maior carreto dele ser um 28 também lhe dá um treino valente e não o deixa acomodar nos 34 e nos 32).



A seguir à sempre difícil subida até à Serra do Louro, seguimos pelo caminho habitual e encontrámos um grupo de caminhantes já com alguma idade que alegremente passeavam com os seus netos por ali. Quem ficou retido no meio deles foi o Artur que teve alguma dificuldade em se desenvencilhar dos velhotes e atrasou-se um pouco.
 

Ao pé da casa em ruínas, cortámos à esquerda e optamos por seguir pelo trilho que vai dar à Quinta abandonada.



Para variar um pouco, antes de iniciarmos o trilho voltámos a encontrar um terreno lavrado! Este até já estava semeado, mas como já existia um carreiro feito por entre a semeadura optámos por passar na mesma!

Quando chegámos ao trilho, mais uma desilusão... Encontrámos uma árvore caída bem no inicio do trilho, que nos obrigou a contornar-la com a bike às costas! Ainda pensámos que tinha sido malvadez do dono do terreno, mas mais ao perto pudemos verificar que o galho tinha apodrecido e tinha caído por causas naturais. Descemos o trilho e lá mais à frente encontrámos outro galho partido no meio do caminho! Este é bem mais pequeno, mas obrigou-nos a desmontar pela segunda vez num curto espaço de tempo (da próxima vez que lá passar tenho que levar uma tesoura da poda para ver se o corto).





Estávamos a chegar a Cabanas e pouco mais há a contar, resta dizer que como habitualmente nos divertimos imenso e que foi um bom treino apesar da média de velocidade ter sido relativamente baixa.


BTTistas de Serviço: André, Artur, Carlos, Jorge, Rodrigo

Dados de grupo:

Distancia percorrida: 49,57 km em 3:26:35 (menos 20 km para o Rodrigo)

Temperatura Mínima: 17 ºC
Temperatura Máxima: 20 ºC

Dados individuais:

Media de Pulsações: 140 p/min.
Pulsação Máxima: 188 p/min.

Velocidade Média: 14,30 km/hora
Velocidade Máxima: 45,40 km/hora