segunda-feira, 28 de abril de 2008

Rescaldo – Passeio BTT de 27/04/2008 – O dia do Furo!

A temperatura sobe e a maltinha decide a largar os sofás e começar a pedalar. Por mim tudo bem, mas é necessário saírem de Palmela todos ao mesmo tempo? Houve tanto pessoal que parecíamos que estávamos em Lisboa com muito tráfego e até pequenos toques! (mas com uma paisagem muito melhor, e trocando o carros pelas bikes! lolol)

E eu tinha que ser um dos contemplados com um desses pequenos toques! Estava eu a fazer a subida da estação arqueológica de Castro de Chibanes e ia ultrapassando uns quantos tipos que iam pela direita quando quase a chegar ao topo, um outro tipo que estava ao meu lado direito começa a perder o controlo da bicicleta e a deslocar-se para junto de mim até que a roda dele bateu na minha e lá tivemos os dois que parar!

Eu já que estava parado iniciei a gravação de mais um pequeno vídeo-reumático!

O fluxo de tráfego só parou mesmo quando chegámos ao “Cai-de-Costas”, aí só nós os quatro é que nos aventurámos a fazer esta subida (e desta vez temos imagens de como não se faz e como se faz! Curiosamente fiz melhor a subida da vez que tive de parar do que da vez que a fiz por completo sem meter o pé no chão! Lição a tirar desta experiência: Quando se está a subir este trilho não se pode olhar para mais lado nenhum que não seja o caminho que estamos a fazer, e eu da primeira vez desviei ligeiramente o olhar para ver onde estava o António com a câmara e foi o suficiente para perder a concentração e virar a direcção em cima de uma rocha que me obrigou a sair do trilho e a parar). Muito importante também é tentar estabilizar ao máximo a direcção e tentar seguir sempre em frente mesmo que para isso se tenha de passar por cima das rochas (na tentativa que eu levei até ao fim, como podem ver no vídeo, não o consegui fazer e andei ali aos “ésses”, por isso saí da rota mais correcta e fui obrigado a “patinar” um bom bocado).

Quem também tentou fazer o “Cai-de-Costas” duas vezes foi o Jorge, que tinha recebido uma dica de um amigo que lhe disse para levar a pedaleira no prato do meio para garantir melhor estabilidade na direcção. Sinceramente não me parece que essa seja a melhor ideia, e não digo isto por ele não ter conseguido subir aquilo até ao fim, porque se é verdade que a direcção fica mais estável também é verdade que a transmissão fica muito mais pesada e para subir “paredes” toda a ajuda que os carretos nos poderem dar é bem vinda!

Continuámos o nosso passeio, passámos a N10 para o outro lado e lá mais à frente voltámos a fazer a descida de terra batida que na última vez que lá tínhamos passado estava cheia de valas abertas pela chuva e muitas pedras soltas. Desta vez o caminho estava bem melhor e vamos lá voltar brevemente! A seguir à descida, em vez de fazermos a subida de areia, fomos explorar o caminho da direita que ia dar à estrada dos picheleiros. Quando chegámos lá a cima descobrimos que existe outro caminho em terra batida que segue em frente (sinalizado com as habituais fitas brancas e vermelhas) e que vamos explorar na próxima semana.

Seguimos em direcção à comenda e na segunda passagem pelo leito da ribeira, fiquei com uma silva enleada no pneu da bicicleta e mais à frente descobri que um pico da silva tinha perfurado o pneu e tinha feito um furo na câmara-de-ar! O que vale é que eu ando sempre com duas câmaras-de-ar suplentes na mochila! (agora já só tenho uma, ehhehe). Quem não se apercebeu do meu furo foi o Jorge que continuou a pedalada e só na comenda é que começou a estranhar a nossa ausência. Ele ainda tentou ligar-nos mas onde nós estávamos ninguém tinha rede. Como nós nunca mais aparecíamos e como eu tinha falado que íamos fazer um caminho diferente que ele não conhecia, ele decidiu fazer-se à estrada. Quando chegámos à Comenda lá conseguimos estabelecer o contacto com o Jorge e ele depois esperou por nós a seguir à subida da São Luís da Serra. É importante dizer que nós nunca iríamos iniciar um caminho novo sem estarmos todos juntos.

Com o tempo perdido com a história do furo já não deu para fazer mais filmagens mas esse foi o menor dos problemas porque o que não vão faltar são oportunidades para fazer mais vídeos-reumáticos.

Resumindo: Excelente temperatura, inicio bastante atribulado devido à enorme afluência de pessoal (acho que devíamos começar a sair de Palmela por volta as 08h50), mais um caminho explorado, o nosso primeiro furo, e o divertimento do costume!

Km percorridos: 54,40

Reumáticos de serviço: António, Artur, Carlos e Jorge.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Rescaldo – Passeio BTT de 06/04/2008 – A conquista do "Cai-de-Costas"



É verdade! Finalmente ultrapassei o obstáculo “Cai-de-Costas”!!! Mas foram precisas três tentativas e muita teimosia para o conseguir! Na primeira tentativa fui obrigado a sair da rota certa e a desmontar (e ao Zé Francisco aconteceu o mesmo) porque estava um tipo (Com uma camisola verde da Herbalife) parado com a bicicleta com as rodas para cima a tentar arranjar qualquer coisa, eu como não fiquei nada satisfeito com aquilo virei a bicicleta para baixo e fui tentar outra vez! Comecei outra vez a subida e um pouco antes de chegar ao sítio mais crítico (aquele em que eu desmonto sempre e que também tinha ficado da primeira vez) um tipo que ia um pouco à minha frente começou a “patinar”, a roda da frente a levantar (o rapaz trocou-se todo e quase que ia caindo para cima dos arbustos) e teve que parar antes que se “desconjuntasse” todo lolol, a seguir começam aparecer uns tipos em sentido contrário e como já devem estar a calcular, depois destas tropelias todas não consegui novamente passar pelo caminho ideal e lá tive que desmontar pela 2ª vez. Nessa altura comecei a pensar que ainda não era desta que ia fazer aquilo de uma só vez. Mas quando cheguei ao pé do Artur, que também já tinha desmontado e que estava a assistir àquilo tudo ele lança-me o desafio: - “Queres tentar mais uma vez?” – Eu como não estava mesmo nada convencido que não era capaz de subir aquela “parede” aceitei o desafio lá voltámos os dois para trás. E à terceira foi mesmo de vez! Sem obstáculos suplementares “bastou” seguir o caminho mais à esquerda e evitar a todo o custo sair dessa rota para não enfiar a roda nas pedras e na vala do costume. O Jorge que estava a assistir à “escalada” também ganhou coragem e voltou para trás e tal como o Artur foi tentar uma segunda vez. Eles acabaram por não conseguir superar este poderoso obstáculo (pelo menos para nós é), mas estou convencido que estão mesmo muito próximos de o conseguir.

Antes de continuar tenho que contar um episódio prévio que me aconteceu quando eu ia a fazer a subida para os moinhos: Estava um tipo à minha frente que pensava que eu era alguém conhecido e que me disse: “Porra… ainda só vou aqui e já estou todo roto… e ainda falta tanto para o “Cai-de-Costas”. – Eu nessa altura, vi que tinha espaço e ultrapassei o gajo, vocês deviam ter visto a cara que ele fez quando viu que eu não era quem ele pensava, lolol

Mas continuemos o rescaldo:

Depois da “conquista” do “cai-de-costas” continuámos pela Serra de São Francisco até à Capela do Alto das Necessidades e passamos para o outro lado da N10 onde o Zé e o António nos esperavam. Reunimos novamente as “tropas” e continuámos o trilho habitual até chegarmos “Lá a cima”, onde encontrámos um cãozito muito engraçado que fez questão nos acompanhar uns metros (ele é um dos convidados especiais do nosso vídeo).

À nossa frente iam dois grupos de ciclistas (um deles composto por quatro raparigas) que segundo nos contou o António (que estava à nossa espera), a seguir à quinta do portão castanho seguiram em frente e uns metros mais à frente cortaram à direita. Nós ficámos na dúvida se devíamos arriscar novamente (tal como tínhamos feito na semana passada) ou se deveríamos seguir o trilho por nós chamado de “Vai ter lá abaixo”. Enquanto pensávamos, apareceu um grupo grande de ciclistas e nós decidimos que íamos por onde eles fossem. Aguardamos um pouco e ouvimos um deles dizer que já não dava para ir pelo caminho da frente e que tinham de ir pelo caminho da direita (o tal que vai dar lá abaixo). Agora resta saber quem é que está certo, se estes ou os outros dois grupos que seguíram em frente.

Passámos a Quinta da Califórnia, e voltámos à esquerda em direcção à Setúbal. Até aqui o percurso foi igual ao da semana passada, mas desta vez sem enganos e por isso mesmo tivemos tempo de ir à Comenda.

Quando deixámos o alcatrão dos picheleiros e cortámos à direita, ao passarmos a Ribeira da Comenda, voltaram os imprevistos! Mas desta vez foram problemas mecânicos! Então não é que o Artur que desta vez já levou a sua GT Avalanche (acabada de chegar da oficina com um dropout novo) partiu a corrente ao subir a ribeira? Juntámo-nos todos e cada um tentou ajudar como podia o azarado do Artur, que nesta altura já estava a pensar que tinha de fazer o resto caminho a pé (como é lógico isso nunca ia acontecer, porque o Zé tinha o carro em Palmela e se fosse necessário ele ia lá busca-lo). Conseguimos juntar o elo que se soltou da corrente, depois de montar a corrente nos carretos, deitámos a bicicleta numa valeta, arranjámos duas pedras, uma grande para fazer de base e outra para bater e depois de umas valentes “pedradas” a corrente voltou provisoriamente a funcionar como deve ser.

Mas as peripécias do dia ainda não tinham acabado, bem pelo contrário! Quando chegámos ao parque de merendas da Comenda, o Zé descobriu que tinha deixado o lanche dentro do Camelbak que tinha ficado no carro, e o Artur viu que a corrente estava outra vez quase a sair. Depois do lanche o Artur e o Jorge foram ver se encontravam alguém que tivesse um alicate e foi nessa altura que a sorte do Artur começou a mudar! Então não é que estava um tipo a beber umas cervejolas na Caravana que tinha tido um problema igual há pouco tempo e que por causa disso mesmo tinha comprado um “Saca/Monta Elos de corrente”? O tipo foi buscar a ferramenta, tirou o elo que estava estragado, juntou novamente a corrente e apesar desta ter ficado mais curta deu bem para desenrascar. Ainda bem que ainda há pessoal porreiro e pronto a ajudar!! Se quiserem saber umas dicas sobre correntes cliquem aqui.

Lá seguimos todos contentes em direcção à N10 quando quase lá a chegar o Artur e o António me dizem que a corrente está mal montada e que está a fazer uma “xinfrineira do caraças”. Nós, apesar de sermos uns mecânicos da treta, lá tivemos a ver de onde é era o problema, e desaparafusando a rodinha do desviador traseiro lá conseguimos que a corrente agora sim passasse pelo sítio certo.

Iniciámos a subida da capela de São Luís e para acabar em beleza a série de problemas mecânicos o António também teve que desapertar o regulador do travão da roda traseira que teimava em travar por conta própria. O que é sempre bom quando se tenta fazer uma subida daquelas.

E agora finalmente acabaram as peripécias! A partir daqui correu tudo normalmente e lá chegámos aos nossos destinos.

Ahhhhh… Já me esquecia!! Afinal ainda aconteceu outro problema mecânico! O Zé sem querer partiu a roda plástico que faz o aperto manual do mecanismo de transporte da bicicleta! (bolas… só eu e o Jorge é que nos safámos!)

Resta dizer que finalmente consegui filmar o prometido vídeo dos reumáticos! Espero que gostem!! (se alguém quiser o vídeo para recordação é só dizer!)

Km percorridos: 55,96

Reumáticos de serviço: António, Artur, Carlos, Jorge e Zé Francisco




terça-feira, 1 de abril de 2008

Rescaldo – Passeio BTT de 30/03/2008 – Em Busca de novos trilhos!

Como é que correu o passeio de 30/03/2008? Correu bem! Foi pena o tempo não ter ajudado mesmo nada. Mas já lá vamos!

Este foi o último passeio de Março e o primeiro no horário de verão (o meu preferido) e por isso iniciámos a volta uma hora mais cedo, mas não foi por isso que a malta se atrasou.

Devido ao mau tempo, tirámos poucas fotografias e ainda não foi desta que fizemos o prometido vídeo dos "Reumáticos".

Domingo foi dia de estreias, não de “Reumáticos” porque fomos os quatro mais assíduos, mas de equipamentos! O António estreou uns óculos anti-sol, anti-nublado e anti-chuva (e anti-pedras nos olhos, lolol) e o Jorge levou um par de luvas vermelhas novíssimas. As luvas são tão giras que um pombo fez questão de as “autografar” com uma “dedicatória” especial e tudo! lolololol

Este passeio foi muito especial para o Artur porque ele teve um problema mecânico com a sua GT e foi obrigado a levar o “maquinão” suplente do Jorge, uma “Jumbo” com o quadro em ferro (mas com v-brakes de alumínio, lololol). Fez-me lembrar a altura quando eu e o Vaquinhas “Armstrong da Carregueira” iniciámos as nossas aventuras pela Arrábida, eu com a minha “Intermarché de 50€” e o Vaquinhas com a sua “Karregueira 1.0”. (a única diferença é que as nossas bikes ainda eram piores do que a “Jumbo” do Jorge, lolol).

Como o Artur ainda não estava muito “entrosado” com a nova bicicleta optamos por não subir aos moinhos e seguimos antes pela “Rota do Vinho”. Ainda não foi desta que nenhum de nós conseguiu fazer o “Cai-de-Costas” de seguida, mas para compensar ninguém ainda lá bateu com os “costados” no chão (somos mesmo bons! lololol). Se para o Artur e para o António essa era uma missão quase impossível para mim e para o Jorge não era. Eu para variar fiquei no sítio do costume, e cometi o mesmo erro que cometi na outra vez! Isto é: vou no sítio certo, depois começo-me a desviar dumas pedras e quando dou por mim estou dentro da vala e não consigo sair de lá! O Jorge ficou ainda mais abaixo porque bateu numas pedras e perdeu o equilíbrio. Seguimos o trajecto habitual até à Capela do Alto das Necessidades e foi nessa altura que o São Pedro nos começou a avisar que íamos ter problemas. Passámos a N10 e iniciamos a subida do trilho. Quando acabamos a subida começou a chover e o António teve a ideia de nos abrigarmos numa quinta abandonada que ali está até a chuva acalmar um pouco. Tivemos uma sorte descomunal porque a chuva em vez de amainar piorou bastante e optamos por lanchar mesmo ali e esperar que o São Pedro acabasse de tomar o seu banho.

O “duche” lá terminou e seguimos até ao moinho do cuco (curiosamente assim que reiniciámos a pedalada começou novamente a chover, mas desta vez a chuva não demorou muito). Um pouco mais à frente e para evitar a tal descida cheia de pedregulhos e valas abertas pelas chuvas do Inverno fomos em busca de um novo caminho. Não encontrámos o trilho que íamos à procura, provavelmente está vedado (para a próxima já vamos ter a certeza) e andámos um pouco às voltas a explorar qual o melhor caminho para seguir até que encontrámos três tipos parados junto a um portão (onde eu tirei umas fotografias à serra do Formosinho coberta com nuvens) e dois tipos a pedalar em sentido contrario ao nosso (isto porque nós estávamos a voltar para trás). Eu quando vi tanta gente ali pensei logo que se calhar até nem estávamos muito longe do “Plano B” (apanhar a Rua da Califórnia e seguir até aos Picheleiros) e perguntei a um dos tipos que vinha a pedalar onde é que aquele estradão ia dar, ao que o tipo me respondeu: “Vai dar lá abaixo!!” – Apesar da resposta não ter sido nada explicita foi o suficiente para eu perceber que podíamos arriscar ir atrás deles em segurança. Logicamente que na altura ninguém gostou da forma como o tipo me respondeu, mas o homem já tinha uma “certa” idade e pela aparência já devia estar todo “roto”. E por isso está desculpado.

Acabamos por ir ter à Quinta da “Califórnia” e depois, apesar de termos de fazer uma longa descida a alta velocidade em alcatrão (quem disse que estávamos a fazer o caminho ao contrario desta vez enganou-se e bem!! Ainda vimos uns tipos em sentido contrario fazer tudo “à lá pata” lolol). Eu gostei deste novo caminho (e penso que o resto do pessoal também gostou) e de certeza que o vamos fazer novamente (e se calhar até é já para a semana).

Nessa descida o Jorge e o António (os mais pesados) lançaram-se para a frente e eu e Artur (os mais leves) ficamos para trás. Eu para além de ser mais leve também vim a travar com o objectivo de ir vendo os caminhos alternativos que tinha visto no Google Earth. Descobri um dos entroncamentos à esquerda que me interessavam, mas faltou descobrir o outro trilho da esquerda e o da direita que vai até ao trilho da falésia (fica para uma outra oportunidade! e agora até já sei que o trilho é a +/- 500 mt depois do cruzamento da Rua da Califórnia). Depois chegámos à Rua dos Picheleiros e a partir daí já o percurso nos era muito familiar.

Já na N10 o António optou por entrar no trilho das canas e encontrámos engarrafamento! È verdade! Naquele trilho tão estreitinho tivemos que parar três ou quatro vezes para deixar passar Bttistas que vinham em sentido contrario! E se eu já não gosto muito daquele trilho ainda fiquei a gostar menos porque levava uma mudança alta o sempre que me atrapalhava um bocado o punho do volante enfiava-se dentro dos buracos da rede da vedação e obrigava-me a parar para não me espalhar ao comprido.

Depois seguimos o caminho habitual, subimos a “câmara frigorifica”, atravessamos o vale dos barris e finalmente subimos até Palmela.

Já em Palmela vimos um grupo de atletas que iam a correr em direcção aos moinhos.

Resumindo: O Artur recebeu o prémio de “Amor à camisola” do dia por ter vindo connosco com a “Jumbo” do Jorge. Continuamos com o “Cai-de-Costas” entalado, e por isso mesmo já combinámos que para a próxima vamos lá tentar outra vez.

É de realçar também que desta vez ninguém caiu (estamos mesmo a melhorar!) e que eu fui um tipo porreiro e não escrevi nada sobre o Cozido à Portuguesa do Jorge! (quem é amigo quem é?)

Bttistas: Carlos, António, Artur e Jorge.

Km percorridos: 52,62