A temperatura sobe e a maltinha decide a largar os sofás e começar a pedalar. Por mim tudo bem, mas é necessário saírem de Palmela todos ao mesmo tempo? Houve tanto pessoal que parecíamos que estávamos em Lisboa com muito tráfego e até pequenos toques! (mas com uma paisagem muito melhor, e trocando o carros pelas bikes! lolol)
E eu tinha que ser um dos contemplados com um desses pequenos toques! Estava eu a fazer a subida da estação arqueológica de Castro de Chibanes e ia ultrapassando uns quantos tipos que iam pela direita quando quase a chegar ao topo, um outro tipo que estava ao meu lado direito começa a perder o controlo da bicicleta e a deslocar-se para junto de mim até que a roda dele bateu na minha e lá tivemos os dois que parar!
Eu já que estava parado iniciei a gravação de mais um pequeno vídeo-reumático!
O fluxo de tráfego só parou mesmo quando chegámos ao “Cai-de-Costas”, aí só nós os quatro é que nos aventurámos a fazer esta subida (e desta vez temos imagens de como não se faz e como se faz! Curiosamente fiz melhor a subida da vez que tive de parar do que da vez que a fiz por completo sem meter o pé no chão! Lição a tirar desta experiência: Quando se está a subir este trilho não se pode olhar para mais lado nenhum que não seja o caminho que estamos a fazer, e eu da primeira vez desviei ligeiramente o olhar para ver onde estava o António com a câmara e foi o suficiente para perder a concentração e virar a direcção em cima de uma rocha que me obrigou a sair do trilho e a parar). Muito importante também é tentar estabilizar ao máximo a direcção e tentar seguir sempre em frente mesmo que para isso se tenha de passar por cima das rochas (na tentativa que eu levei até ao fim, como podem ver no vídeo, não o consegui fazer e andei ali aos “ésses”, por isso saí da rota mais correcta e fui obrigado a “patinar” um bom bocado).
Quem também tentou fazer o “Cai-de-Costas” duas vezes foi o Jorge, que tinha recebido uma dica de um amigo que lhe disse para levar a pedaleira no prato do meio para garantir melhor estabilidade na direcção. Sinceramente não me parece que essa seja a melhor ideia, e não digo isto por ele não ter conseguido subir aquilo até ao fim, porque se é verdade que a direcção fica mais estável também é verdade que a transmissão fica muito mais pesada e para subir “paredes” toda a ajuda que os carretos nos poderem dar é bem vinda!
Continuámos o nosso passeio, passámos a N10 para o outro lado e lá mais à frente voltámos a fazer a descida de terra batida que na última vez que lá tínhamos passado estava cheia de valas abertas pela chuva e muitas pedras soltas. Desta vez o caminho estava bem melhor e vamos lá voltar brevemente! A seguir à descida, em vez de fazermos a subida de areia, fomos explorar o caminho da direita que ia dar à estrada dos picheleiros. Quando chegámos lá a cima descobrimos que existe outro caminho em terra batida que segue em frente (sinalizado com as habituais fitas brancas e vermelhas) e que vamos explorar na próxima semana.
Seguimos em direcção à comenda e na segunda passagem pelo leito da ribeira, fiquei com uma silva enleada no pneu da bicicleta e mais à frente descobri que um pico da silva tinha perfurado o pneu e tinha feito um furo na câmara-de-ar! O que vale é que eu ando sempre com duas câmaras-de-ar suplentes na mochila! (agora já só tenho uma, ehhehe). Quem não se apercebeu do meu furo foi o Jorge que continuou a pedalada e só na comenda é que começou a estranhar a nossa ausência. Ele ainda tentou ligar-nos mas onde nós estávamos ninguém tinha rede. Como nós nunca mais aparecíamos e como eu tinha falado que íamos fazer um caminho diferente que ele não conhecia, ele decidiu fazer-se à estrada. Quando chegámos à Comenda lá conseguimos estabelecer o contacto com o Jorge e ele depois esperou por nós a seguir à subida da São Luís da Serra. É importante dizer que nós nunca iríamos iniciar um caminho novo sem estarmos todos juntos.
Com o tempo perdido com a história do furo já não deu para fazer mais filmagens mas esse foi o menor dos problemas porque o que não vão faltar são oportunidades para fazer mais vídeos-reumáticos.
Resumindo: Excelente temperatura, inicio bastante atribulado devido à enorme afluência de pessoal (acho que devíamos começar a sair de Palmela por volta as 08h50), mais um caminho explorado, o nosso primeiro furo, e o divertimento do costume!
Km percorridos: 54,40
Reumáticos de serviço: António, Artur,
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