É verdade! Finalmente ultrapassei o obstáculo “Cai-de-Costas”!!! Mas foram precisas três tentativas e muita teimosia para o conseguir! Na primeira tentativa fui obrigado a sair da rota certa e a desmontar (e ao Zé Francisco aconteceu o mesmo) porque estava um tipo (Com uma camisola verde da Herbalife) parado com a bicicleta com as rodas para cima a tentar arranjar qualquer coisa, eu como não fiquei nada satisfeito com aquilo virei a bicicleta para baixo e fui tentar outra vez! Comecei outra vez a subida e um pouco antes de chegar ao sítio mais crítico (aquele em que eu desmonto sempre e que também tinha ficado da primeira vez) um tipo que ia um pouco à minha frente começou a “patinar”, a roda da frente a levantar (o rapaz trocou-se todo e quase que ia caindo para cima dos arbustos) e teve que parar antes que se “desconjuntasse” todo lolol, a seguir começam aparecer uns tipos em sentido contrário e como já devem estar a calcular, depois destas tropelias todas não consegui novamente passar pelo caminho ideal e lá tive que desmontar pela 2ª vez. Nessa altura comecei a pensar que ainda não era desta que ia fazer aquilo de uma só vez. Mas quando cheguei ao pé do Artur, que também já tinha desmontado e que estava a assistir àquilo tudo ele lança-me o desafio: - “Queres tentar mais uma vez?” – Eu como não estava mesmo nada convencido que não era capaz de subir aquela “parede” aceitei o desafio lá voltámos os dois para trás. E à terceira foi mesmo de vez! Sem obstáculos suplementares “bastou” seguir o caminho mais à esquerda e evitar a todo o custo sair dessa rota para não enfiar a roda nas pedras e na vala do costume. O Jorge que estava a assistir à “escalada” também ganhou coragem e voltou para trás e tal como o Artur foi tentar uma segunda vez. Eles acabaram por não conseguir superar este poderoso obstáculo (pelo menos para nós é), mas estou convencido que estão mesmo muito próximos de o conseguir.
Antes de continuar tenho que contar um episódio prévio que me aconteceu quando eu ia a fazer a subida para os moinhos: Estava um tipo à minha frente que pensava que eu era alguém conhecido e que me disse: “Porra… ainda só vou aqui e já estou todo roto… e ainda falta tanto para o “Cai-de-Costas”. – Eu nessa altura, vi que tinha espaço e ultrapassei o gajo, vocês deviam ter visto a cara que ele fez quando viu que eu não era quem ele pensava, lolol
Mas continuemos o rescaldo:
Depois da “conquista” do “cai-de-costas” continuámos pela Serra de São Francisco até à Capela do Alto das Necessidades e passamos para o outro lado da N10 onde o Zé e o António nos esperavam. Reunimos novamente as “tropas” e continuámos o trilho habitual até chegarmos “Lá a cima”, onde encontrámos um cãozito muito engraçado que fez questão nos acompanhar uns metros (ele é um dos convidados especiais do nosso vídeo).
À nossa frente iam dois grupos de ciclistas (um deles composto por quatro raparigas) que segundo nos contou o António (que estava à nossa espera), a seguir à quinta do portão castanho seguiram em frente e uns metros mais à frente cortaram à direita. Nós ficámos na dúvida se devíamos arriscar novamente (tal como tínhamos feito na semana passada) ou se deveríamos seguir o trilho por nós chamado de “Vai ter lá abaixo”. Enquanto pensávamos, apareceu um grupo grande de ciclistas e nós decidimos que íamos por onde eles fossem. Aguardamos um pouco e ouvimos um deles dizer que já não dava para ir pelo caminho da frente e que tinham de ir pelo caminho da direita (o tal que vai dar lá abaixo). Agora resta saber quem é que está certo, se estes ou os outros dois grupos que seguíram em frente.
Passámos a Quinta da Califórnia, e voltámos à esquerda em direcção à Setúbal. Até aqui o percurso foi igual ao da semana passada, mas desta vez sem enganos e por isso mesmo tivemos tempo de ir à Comenda.
Quando deixámos o alcatrão dos picheleiros e cortámos à direita, ao passarmos a Ribeira da Comenda, voltaram os imprevistos! Mas desta vez foram problemas mecânicos! Então não é que o Artur que desta vez já levou a sua GT Avalanche (acabada de chegar da oficina com um dropout novo) partiu a corrente ao subir a ribeira? Juntámo-nos todos e cada um tentou ajudar como podia o azarado do Artur, que nesta altura já estava a pensar que tinha de fazer o resto caminho a pé (como é lógico isso nunca ia acontecer, porque o Zé tinha o carro em Palmela e se fosse necessário ele ia lá busca-lo). Conseguimos juntar o elo que se soltou da corrente, depois de montar a corrente nos carretos, deitámos a bicicleta numa valeta, arranjámos duas pedras, uma grande para fazer de base e outra para bater e depois de umas valentes “pedradas” a corrente voltou provisoriamente a funcionar como deve ser.
Mas as peripécias do dia ainda não tinham acabado, bem pelo contrário! Quando chegámos ao parque de merendas da Comenda, o Zé descobriu que tinha deixado o lanche dentro do Camelbak que tinha ficado no carro, e o Artur viu que a corrente estava outra vez quase a sair. Depois do lanche o Artur e o Jorge foram ver se encontravam alguém que tivesse um alicate e foi nessa altura que a sorte do Artur começou a mudar! Então não é que estava um tipo a beber umas cervejolas na Caravana que tinha tido um problema igual há pouco tempo e que por causa disso mesmo tinha comprado um “Saca/Monta Elos de corrente”? O tipo foi buscar a ferramenta, tirou o elo que estava estragado, juntou novamente a corrente e apesar desta ter ficado mais curta deu bem para desenrascar. Ainda bem que ainda há pessoal porreiro e pronto a ajudar!! Se quiserem saber umas dicas sobre correntes cliquem aqui.
Lá seguimos todos contentes em direcção à N10 quando quase lá a chegar o Artur e o António me dizem que a corrente está mal montada e que está a fazer uma “xinfrineira do caraças”. Nós, apesar de sermos uns mecânicos da treta, lá tivemos a ver de onde é era o problema, e desaparafusando a rodinha do desviador traseiro lá conseguimos que a corrente agora sim passasse pelo sítio certo.
Iniciámos a subida da capela de São Luís e para acabar em beleza a série de problemas mecânicos o António também teve que desapertar o regulador do travão da roda traseira que teimava em travar por conta própria. O que é sempre bom quando se tenta fazer uma subida daquelas.
E agora finalmente acabaram as peripécias! A partir daqui correu tudo normalmente e lá chegámos aos nossos destinos.
Ahhhhh… Já me esquecia!! Afinal ainda aconteceu outro problema mecânico! O Zé sem querer partiu a roda plástico que faz o aperto manual do mecanismo de transporte da bicicleta! (bolas… só eu e o Jorge é que nos safámos!)
Resta dizer que finalmente consegui filmar o prometido vídeo dos reumáticos! Espero que gostem!! (se alguém quiser o vídeo para recordação é só dizer!)
Km percorridos: 55,96
Reumáticos de serviço: António, Artur,
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