Mais um domingo, mais um passeio de BTT pela Serra Arrábida! A nossa comitiva foi composta por sete elementos e desta vez não houve baldas! Todos os que disseram que iam estiveram à hora marcada e no sítio do costume (assim é que é bonito!). Partimos em direcção aos já nossos conhecidos moinhos da Serra do Louro, eu como já sei como é que aquilo é, coloquei-me na frente do pelotão e consegui fazer a subida toda até lá a cima, o resto do pessoal teve mesmo que desmontar porque iam todos muito juntos e assim que o primeiro parou os outros todos foram obrigados a parar também. Depois parámos à espera do Bruno, que tinha ficado para trás. A demora deveu-se a problemas com os pedais de encaixe. Quando ele finalmente chegou junto a nós, os nossos especialistas em sapatos/pedais de encaixe lá estiveram a tentar ajuda-lo o melhor que podiam (não foram muito bem sucedidos) . Enquanto isso acontecia o Jorge e o Machadinho trocaram de bikes e foram experimentar outras sensações. Depois dos “mecânicos” terem terminado o serviço (o que vale é eles não cobram muito à hora) lá seguimos viagem e voltámos a seguir sempre pelos trilhos mais estreitos à esquerda (e mais a cima). Eu pela primeira vez consegui dar o balanço necessário para entrar na subida para o segundo trilho, o Jorge que vinha logo atrás de mim é que não se apercebeu que a minha aceleração era para dar balanço para o desvio da esquerda e quando me viu a ir para o trilho já não teve tempo de lá entrar e foi obrigado a ir em frente (para a próxima já sabes!!). Continuámos o nosso percurso e na subida perto da mesa de merendas já o Bruno estava outra vez com problemas no raio dos pedais e a dizer que não podia continuar e que ia voltar para trás. Ainda o tentámos demover mas como ele voltou mesmo para trás e saiu do nosso campo de visão optamos por seguir viagem sem ele. Chegámos ao “Fio-dental” e parámos um pouco à espera que o pessoal menos “reumático” que já lá estava se fizesse à descida. Entretanto apareceu um grupo enorme a fazer a subida pelo estradão, e como se essa subida não fosse dura o suficiente não é que eles ainda se meteram também a subir o Cai-de-Costas”? Houve pelo menos dois tipos que fizeram aquilo tudo sem por o pé no chão e nesse grupo estava uma rapariga que também fez quase tudo!! É nestas alturas que nós percebemos que ainda temos de pedalar muito antes de dizermos a alguém que estamos em boa forma!. É como o Artur diz: - “Eu só vou estar em forma quando conseguir fazer o mesmo que eles!!”.
Para nossa surpresa enquanto estávamos a ver o pessoal a passar, aparece o Bruno novamente junto de nós e mais uma vez com os mesmos problemas nos pedais. Como já é habitual o espírito de entreajuda dos Btttistas veio novamente ao de cima e dois rapazes que lá estavam, estiveram a analisar os pedais e os sapatos do Bruno e concluíram que os encaixes dos sapatos estavam tortos e mal apertados. Após algumas tentativas lá conseguíram colocar os encaixes mais ou menos no sítio e pudemos então seguir novamente o nosso caminho.
Estávamos atrasados! Eram 10 horas, já devíamos estar na Comenda e ainda não tínhamos feito o fio dental!! Estávamos mesmo muito atrasados e ainda não era desta que eu ia fazer o prometido vídeo. Fizemos o “fio-dental” (o Bruno aqui ainda não estava com muita fé nos pedais e optou por ir pelo estradão e esperar por nós no entroncamento). Juntámo-nos todos novamente e lá fomos a caminho da N10. Já nos trilhos da Comenda, enganei-me num entroncamento, mas depressa o António me avisou que eu estava errado e lá dei a volta, o problema é que fiquei um pouco para trás, mas nada que umas boas pedaladas não resolvessem. Quando cheguei ao pé do pelotão ainda tive tempo de gritar para o Jorge e avisa-lo que ali é que tinham mesmo de virar à esquerda. Eu segui o trilho correcto e fiquei sem saber se eles tinham seguido em frente, e passado pela vala que deveria estar cheia de água, ou se tinham voltado para trás. Quando cheguei à comenda ainda ninguém tinha chegado, só havia duas hipóteses: Ou se tinham perdido ou tinham voltado para trás! Felizmente ninguém se perdeu e passados uns minutos todos apareceram. Era a altura do lanche, de relatar as desventuras e da fotografia de conjunto.
Depois do descanso saímos da Comenda pela estrada de alcatrão até à N10 onde seguimos em direcção ao trilho que começa a meio da subida para a Capela de São Luís da Serra. Aí nessa subida é que começaram a surgir as primeiras falhas nas pernas e/ou pulmões de alguns dos nossos “reumáticos” e apenas eu, o Jorge, o Artur e o Zé Francisco é que fizemos aquela subida toda de seguida. Depois fomos para o tal trilho que tanto gostamos, mas numa vala que há num largo lá aconteceu a primeira queda do dia. Desta vez o tombo teve o selo do Jorge mas que felizmente não aleijou, ainda tivemos um pequeno susto com a roda da bicicleta mas acabou por não ser nada. A seguir iniciamos a subida pelo estradão que passa ao lado do tanque (que o ano passado nesta altura estava cheio de agua) e depois fomos em direcção ao single-track das “Raízes” que foi uma das novidades do passeio. Logicamente que para nós este trilho é praticamente impossível de se fazer todo montados nas bikes por isso lá pegámos nas bicicletas e fomos “à lá pata” nos pedaços mais difíceis e perigosos. Chegámos são e salvos cá abaixo e iniciámos a subida da “Câmara-Frigorifica” onde para alguns, as pernas e as bicicletas começaram novamente a pesar mais do que o costume (logicamente que a culpa era da Câmara de Palmela que tinha posto gravilha nova naqueles estradões todos, lolol). Depois chegámos ao Vale dos Barris, o pelotão ia todo junto e já no alcatrão aconteceu um episódio que parecia que estávamos na volta a Portugal em bicicleta!! Eu e o Jorge íamos na “cabeça” do pelotão quando de repente e sem aviso prévio o Machadinho e o Jorge fizeram um forte ataque à liderança e tentaram uma “fuga”, eu olhei para o Jorge e lancei-lhe o desafio de ir atrás deles. Passados uns segundos e quando já tínhamos neutralizado a primeira “fuga” passa o António por nós em alta velocidade a fazer a segunda “fuga” ao pelotão. Eu como tinha que defender a minha “Camisola Amarela” (lololol) já não tive tempo de desafiar o Jorge nem nada e fui atrás dele para não o deixar escapar! Lá o apanhei e depois fomos os dois juntos até ao clube de BTT Vale de Barrios, onde tínhamos que parar para nos despedirmos do Machadinho e do Bruno que iam lavar ali as bikes. Já só faltava a subida até Palmela e quando lá chegámos a cima aconteceu o tombo cómico do dia! Então não é que o Artur depois de lá ter chegado a cima e quando ia a sair da bicicleta para descansar um pouco prende-se lhe um pé no pedal de encaixe e lá vai o ele experimentar o alcatrão de Palmela. A nossa sorte é que até esta data todas as nossas quedas têm sido sempre quando estamos quase parados ou mesmo parados! Somos mesmo um espectáculo!! E se é para continuarmos a cair ao menos que continue a ser assim!!
Resumindo: Foi um bom passeio, menos duro que os últimos que fizemos mas igualmente divertido (e com os tombos do costume, lolol).
Km percorridos: 50,66
BTTtistas:
PS: Para o próximo passeio vai mesmo haver vídeo!! Artur - temos que combinar o plano de realização!!
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