quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Rescaldo – Passeio BTT de 20/09/2010 - A Serra dos Gaiteiros, as ruínas e fenomenos sobrenaturais...

No domingo levei dois trajectos na manga, um que envolvia a exploração de alguns trilhos desconhecidos e outro que era mais seguro e sem investigações. Depois de descermos a "Lagartixa" chegámos à Baixa de Palmela e tivemos que decidir se íamos explorar os tais caminhos novos, o que obrigava a subir a "Jiboia", ou se seguiríamos directamente até ao parque de merendas de São Paulo. O Artur e o Vaquinhas quando ouviram falar em explorar novos trilhos não hesitaram e nem o "ataque" à "Jibóia" os demoveu! (Quando a malta é rija, é mesmo assim!!!) E assim foi, subimos uma das mais duras subidas do P.N.A. e quando chegámos lá a cima ficámos os três com a sensação que antigamente o caminho parecia muuuuuito maioooor... (o que é muito bom sinal!!)


Antes da 2ª cancela (a lá de cima) virámos à esquerda e iniciámos a exploração com uma descida com alguma inclinação mas que dá para descer sem grandes dificuldades. No final desse estradão há um largo e duas hipóteses à nossa escolha: ou subir por um outro estradão à direita (mas esta parece-me uma hipótese idiota porque vai dar outra vez lá a cima poucos metros a seguir à cancela, e se fosse para isso não valia a pena ter descido) ou descer por um single-track que passa ao lado das Ruínas do Convento de Nossa. Sra. da Conceição de Alferrara e do Convento de São Paulo. A escolha era óbvia e fomos explorar o trilhos dos conventos da Serra dos Gaiteiros!
O single-track é muito bom e apesar de termos feito alguns metros a pé achei muito divertido conhecer aquela zona. Quando chegámos ao Convento de Nossa. Sra. da Conceição de Alferrara abandonamos por uns minutos o BTT e fizemos uma "visita de estudo" com direito a lanche e tudo (há lá uma figueira com figos muito bons, eheheh) às ruínas do convento. É pena o edifício estar em condições tão precárias! Pelo que investiguei na net o terramoto de 1755 foi o principal responsável da sua destruição (mas terá também sido o terramoto que levou os azulejos???? e que pintou aqueles grafites??? se calhar foi...)


Depois das fotografias de grupo seguimos em direcção ao Convento de São Paulo e verificamos a existência de um telhado provisório feito em Chapa Galvanizada que cobre parcialmente o convento. Resta-me saber se está realmente a haver obras ali ou se o telhado foi colocado apenas para evitar maior degradação.


Alguém me sabe explicar o que significa isto?

O trilho terminou na estrada das machadas (tivemos de contornar um portão) e descemos até à "Tartaruga". Depois subimos até à Quinta da Pena e seguimos até ao parque de merendas da Capela de São Luís.

Depois de mais um repasto seguimos pelo trilho e uns metros mais à frente depois da descida mais inclinada fomos surpreendidos pelo que pareciam ser restos de uma grande jantarada abandonada ali em pleno parque natural.


Indignado peguei na maquina fotográfica e quando começo a analisar com mais atenção o cenário descubro que afinal aquilo não era o que parecia... como podem ver nas imagens para alem da fruta, das guloseimas e das garrafas, existem vários jarros deitados com flores e diversos pratos com comida e doces. Em cada prato havia uma carta por debaixo da comida, e para alem dessas haviam outras espalhadas pelo lençol.

(não estudes o código e depois diz que chumbas no exame...)
 
Cada um tem as suas crenças, e este não é local mais adequado para as discutir mas o que me interessa saber é quem é que vai tirar aquilo dali e por mais quanto tempo por lá vai ficar...

Depois do insólito evento sobrenatural seguimos para o estradão da Quinta do Rego de Agua e fui mostrar ao Artur e ao Vaquinhas um outro trilho novo, rápido e muito agradável que descobri nas férias em Agosto e que acaba com uma serie de regos (fizemos esse bocado a pé) e que vem dar ao estradão de Alcube perto duma grande nespereira..

A seguir veio a subida até aos Barris e por falar em subidas depois apareceu a da encosta da serra de São Francisco. Surpreendentemente subi tudo com muita facilidade e se mais subidas houvesse mais eu fazia. Curiosamente o Vaquinhas estava sem energia e nunca me conseguiu acompanhar (estranho, muito estranho!!)

Já perto da Quinta do Anjo demos "boleia" a um pai e um filho que andavam meio perdidos na Serra, e como bónus o Artur ainda lhes deu o direito a assistir à queda do dia! Ficaram assim a aprender como não se desce aquele trilho empedrado antes do canavial, eheheh.



Até à próxima!!


Rijos de serviço: Artur, Carlos e Fernando

Distância percorrida: 42,20 km em 03:11:57

Altura máxima: 211 m
Altura mínima: 17 m
Acumulado de subidas: 1329 m (TrackMaster)
Índice de dificuldade: 584 m (TrackMaster)

Media de Pulsações: 120 p/min.
Pulsação Máxima: 184 p/min. (00:00:04 acima do limite)

Velocidade Média: 13,80 km/hora (eu até devia ter vergonha em publicar isto de tão fraquinho que foi!!)
Velocidade Máxima: 52,30 km/hora




7 comentários:

  1. ja encontrei desses "manjares" por diversasa vezes na Serra, e até em Sesimbra.
    Enfim...
    Esta volta pareceu-me bem e sou capaz de a ir fazer um destes dias.
    Continuação de boas pedaladas.

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  2. que ruta mas fantastica!!! el convento me fascino muchisimo ,sin duda cargado de historia,pero la comida tirada en pleno parque natural me decepciono mucho.sin palabras!! seguir asi con vuestras aventuras .son realmente buenas.saludos!!!

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  3. Que grandes recordações tenho dos Conventos, quando era “mais” jovem costumava acampar junto dos mesmos, com os Escuteiros.
    Há cerca de 20 anos, que não regressava ao local, depois de ver a tua reportagem resolvi ir espreitá-los.
    Só faltou avisares que depois para sair, tinha que saltar duas vedações……
    Obrigado, por me teres feito recordar um local tão fantástico.

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  4. Boas!

    Eu não avisei porque realmente não saltei nenhuma vedação! Ou as vedações que falas são novas ou não seguiste o mesmo caminho que eu fiz...

    Consegues-me explicar onde é que elas estão?

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  5. Bom dia,
    depois de visitar o Covento de São Paulo, descemos a estrada de calçada que vai ter ao Parque de Merendas. As vedações estavam antes do Parque de Merendas.
    Um abraço

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  6. Pois, por isso é que nós encontrámos as vedações! Nós seguimos por outro caminho e fomos sair à estrada das machadas

    Abraço,

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