quarta-feira, 30 de julho de 2008

Rescaldo – Passeio BTT de 27/07/2008 – O Iraque na Arrábida!

Mais um belo passeio pela Serra da Arrábida! Desta vez o nosso pelotão foi composto por nove elementos, isto porque surpreendentemente o Jorge conseguiu fazer-nos companhia apesar de no Sábado ter participado na volta a Sevilha em BTT (isto de pertencer à Lampre não é só vestir de cor-de-rosa e azul, também tem que se pedalar muito internacionalmente, ehehehhe). Quem também nos acompanhou foi o Farinha, que já não pedalava há algum tempo mas que apesar disso, ainda se encontra em boa forma e não teve problemas em nos acompanhar.

Começámos como habitualmente nos Moinhos da Serra do Louro, e fomos em direcção ao "Cai-de-Costas". Eu não sei se a experiência internacional adquirida pelo Jorge o ajudou ou não, mas tenho que dizer que assistimos a uma subida do "Cai-de-Costas" sem macula e com muita classe. Ele conseguiu manter-se sempre em linha recta, e pelo trilho certo (pode-se ver na filmagem do António) e se juntarmos a esses factores uma boa capacidade de resistência então temos este obstáculo ultrapassado! E agora que encontrámos a resposta ao nosso inquérito, Parabéns ao Jorge!! Queremos saber quem vai ser o 4º "Reumático" a conseguir esta proeza!!
Eu mais uma vez não consegui subir como deve ser (grrrrr!!!! a terceira vez está encravada!!) e saí do trilho mais correcto, depois consegui recompor-me mas a seguir fiz o erro de tentar voltar ao caminho da esquerda quando deveria ter seguido em linha recta, porque o caminho não era assim tão mau e se o tivesse feito não tinha acertado naquela rocha que depois me obrigou a quase atropelar o António (esta minha segunda tentativa de atropelamento também ficou registada!!). Por falar em filmagens, este domingo foi a primeira vez que tive a ajuda do António com uma segunda câmara para fazer o 8º vídeo dos nossos passeios e a ele se deve todas as filmagens no "Cai-de-Costas" (só foi pena não teres filmado mais cenas no trilho da Falésia). O filme desta vez ficou maior que os 10 minutos habituais mas acho que não ficou mau (tem filmagens On-Board, subidas "reumaticas" e até tem uma entrevista ao heroi do dia!! O video ficou com 18 minutos e por isso acho que vai ter que ficar alojado no Google Vídeos em vez de no Youtube).

Seguindo viagem!

A seguir fomos até à Capela do Alto das Necessidades, atravessamos a N10 em direcção ao Moinho do Cuco, depois fizemos a Rua da California até aos Picheleiros com destino ao Alto da Madalena. Quando lá chegámos vimos logo 3 carros à entrada do portão e muitas vozes em fundo, resolvemos entrar na mesma e vimos que estava um grupo enorme de "paintballistas" fardados a rigor e armados da ponta dos cabelos às unhas dos pés. Avisámos que íamos em paz e como ninguém nos disse que não podíamos continuar, avançamos pelo trilho até ao Alto da Madalena. Aquela subida não sendo nenhum cai-de-costas também é difícil principalmente devido às muitas pedras soltas. Esta eu consegui fazer!!! E o Licínio e o seu Mega-Range também não estiveram muito longe de o conseguir! (mais uns treinos e consegues!!). Lá em cima tirámos a fotografia de grupo e depois quando já estávamos quase a sair da quinta passamos por mais um "pseudo-militar" muito chateado por nós estarmos ali a estragar a guerra. Eu disse-lhe que já estávamos de saída e avancei porque não valia a pena estar a perder tempo com ele e explicar-lhe que não estávamos a fazer nada de mal, e que a nossa presença ou de outro btttista qualquer ali era bastante salutar porque em caso de um possível incêndio nós seriamos os primeiros a comunica-lo às entidades competentes. Por falar em incêndios, descobri hoje que há diversas câmaras de vigilância na Arrábida (uma em Tróia, outra no farol do Cabo Espichel, outra no Convento da Arrábida, outra no Castelo de Sesimbra e outra no Alto da Madalena) e que estão avariadas desde 2003 e que até à data da reportagem (04-09-2007) ainda não tinham sido reparadas por falta de orçamento...
Para terminar este assunto, resta dizer que apesar de a propriedade ser privada (assim como 95% de todo o parque natural da arrabida) nós NÃO saltámos nenhum muro, nem nenhuma rede, nem nenhum portão... Limitamo-nos a entrar, a pedalar e a sair...

Seguimos depois até a uma das fontes de Azeitão para reabastecer os hidro-bags de agua para depois iniciarmos a subida até ao Trilho da Falésia. No caminho o Jorge reparou que a pastilha do travão traseiro já tinha dado o que tinha a dar e que a bike já não travava nada... (é nessas alturas que eu dou valor aos meus v-brakes da treta, ehehehe).
Chegámos à Falésia e como o caminho é circular, dos nove elementos, só eu, o Ricardo, o Zé e o Farinha é que fizemos o trilho completo. Este trilho é muito bonito, e não é assim tão perigoso como parece. Basta ir com cuidado (principalmente nos primeiros metros) e desfrutar do ambiente (na próxima visita temos de o fazer ao contrario, para vermos como é que é melhor).

A seguir descemos até ao Vale do Alambre, e seguimos até aos Casais da Serra em direcção ao trilho do "Chico-das-Saias". Perto da antiga barraca do velho chico a pastilha do Jorge resolveu mudar de sitio e se os travões já não estavam grande coisa pior ficaram. Perdemos algum tempo com este problema mecanico, depois o Lino ainda tentou ver se conseguia fazer qualquer coisa, mas a pastinha estava mesmo nas ultimas e já não havia mesmo nada a fazer que não fosse seguir o caminho com extremo cuidado.

A meio do trilho do chico tive um encontro de 3º grau com umas silvas enormes que atravessavam o caminho todo e que me "lixaram" o braço esquerdo todo! Lá tive a fazer trabalho comunitário e parti aquelas silvas todas (para a proxima tenho de levar a tesoura da poda!! eheheh).

Depois do problema do Jorge, lá conseguimos re-agrupar e seguimos o caminho até aos picheleiros, depois até à N10, e depois até à Rua do Alto das Necessidades. Aí o Artur teve uma baixa no valor da glicémia e tivemos de parar um pouquinho para ele repor o valor de açucar no sangue. Como o António, o Ricardo, o Zé e o Farinha tinham compromissos gastronomicos e estavam com pressa, decidimos desagrupar outra vez e como amigo não empata amigo seguimos o resto do caminho separados.

Resumindo: Mais um belo passeio, o Jorge conquistou o "Cai-de-Costas", o Alto da Madalena parecia o Iraque tantas eram as armas e camuflados, atingimos mais um record de km e contámos com a estreia do Farinha nos nossos passeios.

BTTtistas: António, Artur, Carlos, Farinha, Jorge, Licínio, Lino, Ricardo e Zé Francisco

Distancia percorrida: 63,45 km (menos 20 km para o António, Farinha, Licínio, Lino, Ricardo e Zé Francisco)




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