Desta vez regressamos ás nossas origens e voltámos a subir os moinhos da Serra do Louro e para variar encontrámos o mesmo senhor que passeia todos os domingos o seu cachorro, e houve até quem dissesse (e com razão) que devíamos ter uma
truga deles no nosso
blogue!
Quando chegámos ao "Cai-de-Costas" estavam dois indivíduos a conversar sobre caminhos novos que cada um tinha descoberto, eu que também ando sempre a desbravar novos trilhos fiquei logo com a "pulga atrás da orelha" e pus-me a ouvir a conversa mas não aprendi nada! Os trilhos que eles tinham achado não iam dar a lado nenhum e tiveram sempre de voltar para trás! É por essas e por outras que eu me sirvo sempre do Google
Earth antes de fazer as minhas "investigações
trilheiras!
Desta vez fui eu o primeiro a iniciar a subida, e quando comecei recebi um conselho de um rapaz que também estava lá a descansar para ir sempre pela esquerda, agradeci e disse-lhe que já conhecia bem o caminho (mal ele sabia que eu a minha
decathlon já somos especialistas neste tipo de subidas). Voltei a subir inicialmente nas calmas, e só acelerei a pedalada quando a inclinação começou a aumentar.
(PS: Sempre que usei esta "táctica" consegui superar com êxito este obstáculo. De referir também que ultimamente tenho tentado não ir demasiadamente à esquerda para evitar passar por cima da famosa rocha que muitas vezes provoca a desistência do pessoal).
O Artur e o Jorge também conseguiram subir com sucesso, e se o Artur (tal como eu) ainda "patinou" um pouco na parte mais difícil o Jorge fez a subida toda "como manda a lei" sempre
direitinho e pelo trilho certo.
Quem mais uma vez teve que subir parte do caminho a "
butes" foram o António e o Lino. Mas com o treino e muita força de vontade eles vão lá! É bom lembrar que o
Top "Cai-de-Costas" não é nenhuma competição e existe essencialmente para motivar o pessoal que ainda não conseguiu subir.
Chegámos à Capela do Alto das Necessidades, e por minha vontade tínhamos ido em direcção do Vale dos Barris, mas como o António achou íamos fazer quilómetros a mais, optámos antes por descer a sempre alucinante Rua do Alto das Necessidades em direcção à Comenda. Eu fui à frente e bati o recorde de velocidade "reumático" que pertencia ao Jorge (na mesma estrada) e atingi os 67,9 km/hora (quando penso nisto lembro-me sempre que quando eu faço esta estrada de carro raramente passo dos 50 km/hora...)
Atravessámos N10, passamos pela outra Capela e começamos a descer o trilho que nos leva até à Comenda, mas desta vez não virámos no sitio do costume, cortámos na mesma à esquerda mas no entroncamento anterior ao usual. Descobri este caminho em mais uma das minhas investigações com os "Caça-Trilhos" e posso desde já informar que no próximo percurso idealizado por mim também vai continuar a haver trilhos novos! (em principio este domingo vou para Alcobaça e não posso ir pedalar por isso só deve acontecer no próximo 5 de Outubro).
Voltando ao trilho novo, posso dizer que nos portámos lindamente e conseguimos fazer todas as subidas muito bem! Quer dizer... todas todas não foi bem assim... isto porque numa das ultimas o Lino resolver ir ver se a terra era "fofinha" e tombou para o lado! Por sorte não tocou no Artur que ia mesmo
coladinho a ele!. Ninguém se
aleijou (ele estava praticamente parado) e foi a risada geral (acho que ele ainda está para saber como é que se deixou cair).
Foi mais ao menos nesta altura que o Fernando "
Armstrong da
Carregueira" me telefonou a dizer que ia com o
Licinio a caminho da Comenda e que quem chegasse lá primeiro esperava. Nós já
estávamos relativamente perto, mas demoramos ainda uns 10/15 minutos a lá chegar porque
entretanto o António teve um furo. Enquanto a equipe
mecânica actuava, eu e o Jorge fomos fazer mais uma pequena "investigação
trilheira" e adivinhem lá o que aconteceu? Pois é, achámos mais uns trilhos que têm de ser testados!
Depois do furo estar remendado, continuámos o trilho, fizemos uma descida curta mas com alguma inclinação até que chegámos à descida onde o pessoal do
downhill dá uso às joelheiras, às
cotoveleiras e ao capacete... Como eu já tinha avisado numa das mensagens anteriores, aquela descida era para ser feita "à lá pata" porque sinceramente não vejo ninguém do nosso grupo com habilidade suficiente para não se
aleijar ali. E assim foi, descemos a pé, e depois lá seguimos viagem até à Comenda onde já estavam o Fernando e o
Licínio à nossa espera.
Depois do lanche, fizemos a estrada de alcatrão até a N10 e subimos a nossa querida estrada da Capela de São Luís da Serra. Aqui tenho de dar os parabéns ao Lino, que pela primeira vez conseguiu subir sempre montado! (agora já só falta o "cai-de-costas"!!)
Fizemos o trilho dos pastores, e depois entrámos no
estradão do tanque, continuámos a subir e depois repetimos o novo trilho que
tínhamos descoberto na semana passada (que era novo para o António e para o
Licínio).
Neste caminho há duas subidas +/-
difíceis, e na semana passada eu e o Vaquinhas
tínhamos ficado com uma delas "entalada" porque tivemos que desmontar (
íamos lado a lado e tivemos medo de cair), mas desta vez eu desacelerei e deixei o Fernando encarar a subida primeiro e assim conseguimos superar os dois mais este duro obstáculo
[esta é a tal que é curta mas que é muito inclinada e para se subir bem tem que se pedalar sempre em alta rotação]. O que vale é que a seguir é sempre a descer e dá para a malta descansar|
Mas quando se desce muito acaba-se sempre por ter de subir, e por falar em subidas, estava na altura de fazermos mais uma (e não era a ultima,
lololol)! Estávamos na "
Camara-
Frigorifica", o
estradão que sobe até ao vale dos barris, e
tínhamos à nossa frente um grupo de quatro
bttistas. De repente o Lino e o
Licínio começam a acelerar e a dizer que não
podíamos deixá-los lá chegar primeiro que nós. Eu e o Fernando aceitámos o desafio e chegámos os quatro junto do outro grupo, passado uns metros consegui ultrapassa-los e fui sempre a
bombar por ali a cima sempre na pedaleira do meio e no carreto 26 (acho que a minha boa forma está a regressar!). A seguir chegaram dois do outro grupo e o Fernando veio depois. Depois foi engraçado porque ficámos os dois grupos no mesmo entroncamento nós no lado esquerdo, eles no lado direito à espera dos nossos companheiros. O tempo ia passando e como não aparecia ninguém, os tais dois tipos resolveram voltar para trás para ver o que se estava a passar, felizmente para eles não tiveram de pedalar muito porque os dois rapazes que faltavam apareceram logo a seguir. Eu aproveitei e perguntei-lhes se tinham visto o resto da nossa brigada ao que eles me responderam que eles estavam à espera de um de nós que vinha a pé. (a descrição deles até foi engraçada: "Eles estão à espera de um (António) que tem um equipamento igual ao de outro (Artur)!". Ficámos mais
descansados porque não tinha havido nenhum azar e o atraso devia-se simplesmente ao cansaço acumulado.
Lá reagrupamos e conseguimos convencer o António (que nesta altura já estava todo arrebentado) a subir o
estradão "vizinho" do Cai-de-Costas e ir pela Quinta do Anjo.
[era a decisão mais lógica, porque indo pelos barris teríamos de fazer mais quilómetros e acabar a subir o alcatrão até Palmela].
Fizemos a subida e quando chegámos lá a cima, o Lino apeteceu-lhe ir tentar subir outra vez o "Cai-de-Costas"!!!! Como era de esperar, já com tantos
quilómetros em cima ele não conseguiu, mas quando parou viu que levava o carreto de 28 dentes em vez de o de 32 e por isso voltou para trás e foi tentar mais outra vez!
(Força de vontade não lhe falta!!)Voltou a não conseguir, mas desta vez teve um
bónus: Mais um tombo! E outra vez quase parado!
ehehhehe.
O
Licínio e o seu
mega-range também tentaram subir naquela altura, mas também ainda não foi desta que obtiveram o resultado mais desejado.
A seguir lá fomos nós em direcção da Quinta do Anjo por mais uns trilhos muito porreiros, com descidas
técnicas e uma subida em areia.
Depois já na Quinta do Anjo o Lino teve oportunidade de mostrar o que vale a sua "
Sarilhex" e fez um
sprint valente numa das ruas perto do Palmela´s
Village, ele estava a pedalar tanto que nem o Jorge o conseguiu ultrapassar!!
Era a altura do
Sprint "Reumático" final, eu dei o primeiro arranque, o Fernando veio comigo, viemos sempre a puxar, ora um ora outro. quando de repente passa o Artur por nós! (e eu que pensava que era o Jorge que vinha atrás!!). Lá tivemos de acelerar e ultrapassamos-o passado uns metros. Por falar em ultrapassagens, quem passou a seguir por nós todos foi o Jorge que aproveitou uma ligeira descida para embalar a sua
specialized! Lá tivemos outra vez que acelerar para o apanhar! (só de estar aqui a relatar isto já estou a ficar cansado outra vez!!
ehehehe). Lá o passámos, e só faltavam uns metros para acabar o
sprint, eu arranquei outra vez com força, mas o Fernando fez justiça à alcunha de "
Armstrong da
Carregueira" e deu uma daquelas já famosas arrancadas e chegou ao fim em primeiro lugar.
Tenho de contar mais este
episódio:
Parámos no cruzamento (Moita/Palmela/
Qta Anjo/P.Novo) e enquanto
esperávamos pelos mais atrasados, passa uma tipa por nós num
Jeep a reclamar e a apitar por nós estarmos ali parados (atenção que
estávamos na berma! não
estávamos na estrada!). Posso garantir que até se passasse um Autocarro não havia problema nenhum! A
gajinha passa por nós com velocidade excessiva e quando chega ao pé do Restaurante só não deu uma pantufada num tipo que vinha a sair de lá porque não calhou! Eu só sei que estava um carro da BT ali parado e a seguir foi na direcção dela... Se foi atrás da mulher ou não nunca vamos saber, mas que ela merecia uma multa lá isso merecia!
Reumáticos de Serviço: António, Artur, Carlos, Jorge (Fernando e
Licínio a partir da Comenda)
Dados de grupo:
Distancia percorrida: 54,54 km em 3:19:05
Temperatura Mínima: 12 ºC
Dados individuais:
Media de Pulsações : 141 p/min.
Pulsação Máxima: 218 p/min. (Registada no Sprint "Reumático")
Velocidade Média: 16,4 km/hora
Velocidade Máxima:
67,9 km/hora (Registada na descida da Rua do Alto das Necessidades) -
[RECORDE "REUMÁTICO"]Nota final: Na próxima semana não vai haver rescaldo (aqui o repórter não vai poder estar presente) mas isso não significa que não há passeio!